Nas duas assembleias realizadas ontem, a contraproposta foi recusada - ALDO V. SILVA
Os cerca de 400 trabalhadores da Boshoku, sistemista da montadora Toyota, fabricante de estofamentos, entraram em greve na terça-feira (09) por tempo indeterminado. Eles reivindicam a fixação do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em R$ 6,8 mil, com pagamento da primeira parcela de R$ 5 mil e o restante a partir do cumprimento das metas.Já a empresa se dispõe a pagar R$ 4,8 mil, divididos em duas parcelas: a primeira de R$ 1,6 mil (correspondente a 35% do valor), e a segunda, de R$ 3,1 mil (o saldo remanescente de 65%), quando as metas forem atingidas. Nas duas assembleias realizadas, a contraproposta foi recusada.
À tarde, diretores do Sindicato dos Têxteis, que representa a categoria, estiveram reunidos com dirigentes da empresa para chegar a uma solução negociada, mas as discussões não avançaram. "A intransigência patronal levou os funcionários a cruzarem os braços, já que o que eles buscam é justo", disse o presidente da entidade, Marco Antonio de Almeida, o "Marcão".
A paralisação deve afetar a produção da montadora e a de outras sistemistas, que funcionam de forma integrada. Os trabalhadores do turno da manhã começaram a paralisação e os do turno da tarde aderiram, por unanimidade à mobilização. No início do mês, o Cruzeiro do Sul noticiou que as plantas nacionais da Toyota continuavam operando com excedente da capacidade nominal, apesar da crise que afetou outras montadoras. Na sede de Sorocaba, funcionários tiveram acréscimo de duas horas extras na jornada de trabalho diária, atuando em dois turnos (manhã e tarde).
fonte: José Antônio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br
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