Sindicalistas e trabalhadores se reúnem em frente à empresa nesta manhã.
Intenção é pressionar companhia para rever decisão de encerrar atividades.
Guilherme Lucio da RochaDo G1 Santos
Polícia precisou usar bomba de gás lacrimogêneo para conter manifestantes (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Manifestantes realizam um ato contra a paralisação na produção de aço e a possível demissão de pelo menos 4 mil funcionários diretos da siderúrgica Usiminas em Cubatão (SP) desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (11). Ainda não há reflexos no trânsito da região.
Por volta das 6h50, manifestantes tentaram impedir a entrada de dezenas de ônibus que levam trabalhadores para empresa. A PM precisou atirar bombas de gás lacrimogêneo e dar tiros de borracha para conter o grupo. Um manifestante foi detido por policiais militares.
Trabalhadores protestam contra demissões na
Usiminas (Foto: Guilherme Lucio / G1)
A prefeitura decretou ponto facultativo, a partir das 11h, para incentivar os moradores a participarem das manifestações, já que a empresa é uma das maiores instaladas na área industrial da cidade e reune trabalhadores de toda a Baixada Santista.
Representantes do Sindicato da Construção Civil, Central Única dos Trabalhadores (CUT), e outros movimentos sindicais estão reunidos na porta da siderúrgica. A intenção dos manifestantes é impedir que colegas iniciem o trabalho. Eles planejam reunir todo o turno e caminhar até o Paço Municipal.
Por volta das 6h, representantes do movimento Intersindical e da Polícia Militar inciaram uma negociação para estabelecer a área onde os manifestantes poderiam ficar.
A PM apresentou uma decisão judicial que delimitava que o grupo ficasse a uma "distância segura" dos portões de entrada da empresa. No entanto, não a área ainda não foi demarcada.
"Essa decisão chegou nas nossas mãos às 19h desta terça-feira (10) e informava que deveríamos garantir que os portões estejam livres e que os manifestantes fiquem a uma distância prudente. Essa distância não foi pré determinada, então nós iremos fazer essa avaliação no local. Caso haja necessidade, utilizaremos a força", afirmou o capitão da Polícia Militar, Daniel de Oliveira Maiche.
Ônibus que levam trabalhadores à companhia chegam à porta da Usiminas (Foto: Roberto Strauss / G1)
Marcia Rosa falou sobre o possível fechamento
da Usiminas (Foto: Orion Pires/G1)
Incentivo
Durante a semana, a administração municipal colocou cartazes pela cidade alertando sobre as manifestações. Sindicatos e movimentos sociais também distribuíram jornais e panfletos pela cidade.
Segundo números da prefeitura de Cubatão, cerca de oito mil trabalhadores podem perder seus empregos, entre funcionários da Usiminas e de empresas que prestam serviços para siderúrgica.
A Polícia Militar também afirmou que irá reforçar o policiamento em Cubatão por conta das manifestações. O número de agentes que serão direcionados ao município não foi divulgado por motivos de segurança.
Esquema no trânsito
Por conta de possíveis reflexos no trânsito, a prefeitura de Santos também convovou agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para reforçar a orientação aos motoristas nas avenidas Nossa Senhora de Fátima, Martins Fontes e para região da Alemoa, que poderão ser afetadas pelas manifestações.
Usiminas
Em nota, a Usiminas diz que respeita o direito dos cidadãos de expressarem livremente suas opiniões, mas espera que as manifestações sejam pacíficas. A siderúrgica também ressaltou que as atividades da empresa são complexas, sendo que a continuidade da operação de certos equipamentos é necessária para segurança da comunidade, do meio ambiente, da usina e de seus trabalhadores.
Ministro do Trabalho recebeu comissão
(Foto: Renato Alves / Ministério do Trabalho)
“Vai fechar”
Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), formado pelos nove prefeitos da região, na última terça-feira (3) a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), se mostrou preocupada com o futuro do município caso a Usiminas encerre suas atividades.
"Se o fechamento se concretizar, o município fecha. Nós estamos trabalhando com estimativa de arrecadação própria idêntica ao ano passado, porque não deu para aumentar, que é aproximadamente R$ 800 milhões, sendo que metade disso é para folha de pagamento. O restante você não consegue pagar. Realmente a cidade fecha. Eu acredito que é possível reverter. Sou otimista, caso contrário não estaria aqui", afirmou.
Unindo forças
Tanto os prefeitos da região, quanto os governos Federal e Estadual, demonstraram apoio à causa que pode afetar empregos em toda a Baixada Santista. Foram elaborados documentos pedindo a suspensão da decisão de encerrar os trabalhos e demitir funcionários pelo prazo de pelo menos 120 dias. A prefeita de Cubatão deve se reunir com diretores da empresa na próxima quinta-feira (12).
Intenção é pressionar companhia para rever decisão de encerrar atividades.
Guilherme Lucio da RochaDo G1 Santos
Polícia precisou usar bomba de gás lacrimogêneo para conter manifestantes (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Manifestantes realizam um ato contra a paralisação na produção de aço e a possível demissão de pelo menos 4 mil funcionários diretos da siderúrgica Usiminas em Cubatão (SP) desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (11). Ainda não há reflexos no trânsito da região.
Por volta das 6h50, manifestantes tentaram impedir a entrada de dezenas de ônibus que levam trabalhadores para empresa. A PM precisou atirar bombas de gás lacrimogêneo e dar tiros de borracha para conter o grupo. Um manifestante foi detido por policiais militares.
Trabalhadores protestam contra demissões na
Usiminas (Foto: Guilherme Lucio / G1)
A prefeitura decretou ponto facultativo, a partir das 11h, para incentivar os moradores a participarem das manifestações, já que a empresa é uma das maiores instaladas na área industrial da cidade e reune trabalhadores de toda a Baixada Santista.
Representantes do Sindicato da Construção Civil, Central Única dos Trabalhadores (CUT), e outros movimentos sindicais estão reunidos na porta da siderúrgica. A intenção dos manifestantes é impedir que colegas iniciem o trabalho. Eles planejam reunir todo o turno e caminhar até o Paço Municipal.
Por volta das 6h, representantes do movimento Intersindical e da Polícia Militar inciaram uma negociação para estabelecer a área onde os manifestantes poderiam ficar.
A PM apresentou uma decisão judicial que delimitava que o grupo ficasse a uma "distância segura" dos portões de entrada da empresa. No entanto, não a área ainda não foi demarcada.
"Essa decisão chegou nas nossas mãos às 19h desta terça-feira (10) e informava que deveríamos garantir que os portões estejam livres e que os manifestantes fiquem a uma distância prudente. Essa distância não foi pré determinada, então nós iremos fazer essa avaliação no local. Caso haja necessidade, utilizaremos a força", afirmou o capitão da Polícia Militar, Daniel de Oliveira Maiche.
Ônibus que levam trabalhadores à companhia chegam à porta da Usiminas (Foto: Roberto Strauss / G1)
Marcia Rosa falou sobre o possível fechamento
da Usiminas (Foto: Orion Pires/G1)
Incentivo
Durante a semana, a administração municipal colocou cartazes pela cidade alertando sobre as manifestações. Sindicatos e movimentos sociais também distribuíram jornais e panfletos pela cidade.
Segundo números da prefeitura de Cubatão, cerca de oito mil trabalhadores podem perder seus empregos, entre funcionários da Usiminas e de empresas que prestam serviços para siderúrgica.
A Polícia Militar também afirmou que irá reforçar o policiamento em Cubatão por conta das manifestações. O número de agentes que serão direcionados ao município não foi divulgado por motivos de segurança.
Esquema no trânsito
Por conta de possíveis reflexos no trânsito, a prefeitura de Santos também convovou agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para reforçar a orientação aos motoristas nas avenidas Nossa Senhora de Fátima, Martins Fontes e para região da Alemoa, que poderão ser afetadas pelas manifestações.
Usiminas
Em nota, a Usiminas diz que respeita o direito dos cidadãos de expressarem livremente suas opiniões, mas espera que as manifestações sejam pacíficas. A siderúrgica também ressaltou que as atividades da empresa são complexas, sendo que a continuidade da operação de certos equipamentos é necessária para segurança da comunidade, do meio ambiente, da usina e de seus trabalhadores.
Ministro do Trabalho recebeu comissão
(Foto: Renato Alves / Ministério do Trabalho)
“Vai fechar”
Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), formado pelos nove prefeitos da região, na última terça-feira (3) a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), se mostrou preocupada com o futuro do município caso a Usiminas encerre suas atividades.
"Se o fechamento se concretizar, o município fecha. Nós estamos trabalhando com estimativa de arrecadação própria idêntica ao ano passado, porque não deu para aumentar, que é aproximadamente R$ 800 milhões, sendo que metade disso é para folha de pagamento. O restante você não consegue pagar. Realmente a cidade fecha. Eu acredito que é possível reverter. Sou otimista, caso contrário não estaria aqui", afirmou.
Unindo forças
Tanto os prefeitos da região, quanto os governos Federal e Estadual, demonstraram apoio à causa que pode afetar empregos em toda a Baixada Santista. Foram elaborados documentos pedindo a suspensão da decisão de encerrar os trabalhos e demitir funcionários pelo prazo de pelo menos 120 dias. A prefeita de Cubatão deve se reunir com diretores da empresa na próxima quinta-feira (12).
fonte:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/11/grupo-protesta-na-porta-da-usiminas-contra-demissoes-em-cubatao-sp.html
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