Rádio Lucweb: Veja o que mudou para fãs de música e artistas na era pós-mp3

Pedido musical

Pedir Música

29 de jan. de 2015

Veja o que mudou para fãs de música e artistas na era pós-mp3

Formato popularizou downloads de músicas e ajudou artistas iniciantes.
Inventor do primeiro tocador de mp3 é atração da Campus Party 2015.

Já parou para pensar em como a vida dos fãs de música e dos próprios artistas era outra antes do mp3? Pois essas três letrinhas ajudaram a revolucionar a indústria fonográfica, mudando a forma de produzir, vender e consumir conteúdo musical.
Por causa dele, os ouvintes de música ganharam uma alternativa ao rádio e aos CDs. E foi o mp3 quem ajudou a popularizar o compartilhamento P2P, alma de programas como Napster e Kazaa.
Aproveitando a vinda do empresário Nathan Schulhof, criador do primeiro tocador de mp3, à Campus Party 2015, o G1 listou algumas coisas que mudaram na era pós-mp3:


Pode parecer meio óbvio, mas não dá para deixar de lado. Com a popularização do mp3, na segunda metade da década de 1990, os fãs de música (e donos de computadores) puderam deixar o eixo rádio-CD e ter acesso fácil e rápido a centenas de milhares de faixas na web, rompendo barreiras físicas e econômicas que várias vezes separavam o público dos artistas. O formato criou de vez uma alternativa real a esses modelos tradicionais, e tornou os usuários mais capazes de influenciar aquilo que consumiam.
Tecnologias pop da época: Winamp, mIRC, Audiogalaxy


Antes do mp3, os arquivos geralmente eram hospedados em páginas da própria web e/ou trocados por meio de protocolos como o IRC. Mas o compartilhamento de músicas (e outros conteúdos) na web se achou com o surgimento do Napster, em 1999. O programa cofundado por Sean Parker, primeiro presidente do Facebook, bombou a tecnologia P2P (peer to peer), que permitia que as pessoas buscassem por arquivos diretamente nos computadores dos outros usuários.

Tecnologias pop da época: Napster, Kazaa, eMule, Morpheus, Soulseek


Todos esses arquivos compartilhados na web tinham de vir de algum lugar. E boa parte deles era criada pelos próprios usuários, que copiavam seus CDs para o computador por meio de um processo chamado de "ripagem". Esse e outros fatores ajudaram a levantar discussões intensas sobre direitos autorais na era digital, questão que gerou alguns processos judiciais ao longo do caminho e ficou emblematicamente marcada pela caça ao Napster liderada pelo Metallica. No fim das contas, o grupo de metal se tornou o símbolo máximo de um mercado que precisava se modernizar diante de um movimento irreversível.

Tecnologias pop da época: Nero, LimeWire, Gnutella


Por outro lado, a velocidade com que os arquivos de mp3 corriam a internet ajudou os artistas amadores a espalharem a palavra do seu trabalho. Do próprio www.mp3.com à rede social MySpace, vários sites que permitiam a hospedagem gratuita de músicas surgiram na internet no início da década de 2000 e ajudaram a lançar estrelas. O cantor canadense Justin Bieber, por exemplo, é uma delas. A tradição se perpetua até hoje, com serviços como Bandcamp e Soundcloud sendo a primeira parada para quem quer conhecer novos artistas pela internet.

Tecnologias pop da época: MySpace, Audioscrobbler, Last.fm, PureVolume


O player da Apple não foi o primeiro tocador de mp3 – vide a criação de Nathan Schulhof – mas com certeza foi o produto do tipo mais bem-sucedido. O iPod ajudou a cementar o Discman (e os CDs) com um produto durável e capaz de armazenar milhares de músicas em um dispositivo só. E se no início o iTunes atrapalhava quem não usava um Mac, depois ele foi atualizado para alimentar esse ecossistema como uma loja de músicas.

Tecnologias pop da época: iTunes, 7digital


Uma das principais críticas ao formato mp3 é a sua compressão de dados, característica herdada dos CDs e responsável por perdas na qualidade de áudio. Mas por conta da praticidade do digital, o disco compacto acabou perdendo espaço e se tornando raridade nas cestas de compras dos fãs de música. Esse mesmo movimento, no entanto, acabou favorecendo o ressurgimento dos discos de vinil e das vitrolas, que para muitos ainda é o som em sua melhor forma.


A criação e popularização de serviços de streaming como Spotify, Deezer e Rdio é o capítulo mais recente da história da legalização da música em ambientes digitais. Plataformas como essas uniram a versatilidade da internet, concedendo acesso instantâneo às discografias de milhões de artistas, grandes ou pequenos, a um modelo de negócios mais atraente para os usuários. Algumas, inclusive, podem ser acessadas gratuitamente.

Mas a polêmica da música na internet ainda está longe do fim. A cantora Taylor Swift removeu todas as suas faixas do Spotify no ano passado, alegando que "música não deve ser gratuita". O acervo dos Beatles, por outro lado, nunca entrou nesses serviços.

Tecnologias pop da época: Spotify, Deezer, Rdio, Google Play Music, Napster (de novo)
fonte: Do G1, em São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário