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5 de dez. de 2012
Madonna reinado pop em show para 58 mil em SP
por Gabriel PerlineFilipe Araujo/Estadão SÃO PAULO - No ano em que o Brasil serviu de passarela para as divas das FMs, Madonna encerra o calendário fazendo jus ao título de rainha do estilo. Na apresentação desta terça-feira (4) no Estádio do Morumbi, em São Paulo, os gritos, aplausos e todas as outras reações eufóricas dos 58 mil fãs foram resultados de uma das performances pop mais empolgantes que a cidade recebeu em 2012. As razões para definir a noite como tal podem ser dadas por diversas justificativas, ou resumida a uma palavra: Madonna. Um show enérgico, de pouco mais de 1 hora e 30 minutos de duração, com gogó, dança, protestos, palavrões e a principal artista pop da atualidade, que no alto de seus 54 anos ainda sabe como manter a audiência atenta a cada gesto que propaga de seu púlpito. Foram 2 horas e 25 minutos de atraso. Vaias não ecoaram. A justificativa pela demora vinha da boca dos próprios fãs e sem nenhum ressentimento: ela não gosta de começar o show antes das 22h. Às 22h25 ela entrou no palco e todo o cansaço reclamado anteriormente caiu no esquecimento. A balada foi aberta com Girl Gone Wild, precedida pelo canto gregoriano do trio basco Kalacan, e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira (5). Com o tradicional apelo erótico mesclado ao protesto religioso, Madonna passeou por seu repertório, incluindo hits consagrados e músicas do recente álbum MDNA. Like a Virgin, uma das mais esperadas da noite, acabou cortada e os fãs questionaram a ausência. Holiday foi sugerida, mas ela deu de ombros e seguiu sua programação. O cenário é simples, mas está longe de ser modesto. Fora um ou outro apetrecho e a entrada aérea de sua banda em Express Yourself, a ambientação é dada quase por completa através de projeções, que somadas à sincronia dos bailarinos enriquecem a apresentação e proporcionam uma excelente experiência visual. Em Gang Bang, por exemplo, a cada tiro que Madonna dispara de seu revólver diferentes manchas de tintas vermelha explodem nos telões, simbolizando a morte de seus "adversários". Por falar em Express Yourself, ela cumpriu o protocolo ao cutucar Lady Gaga, assim como tem feito desde o início de sua turnê. Trocando "express yourself" por "respect yourself" (respeite a si mesma), ela emendou o hit da rival, Born This Way, e finalizou o ataque com o refrão de She's Not Me. Bom senso Madonna foi breve. Evitou os longos discursos e os protestos em demasia. "Estão prontos?" foi uma das primeiras frases de interação, pronunciada quase na metade do show. "Vamos lá, São Paulo! Vamos fazer melhor que no Rio", disse ela antes de iniciar Turn Up The Radio. "Não há diferenças no mundo. Heterossexual, gay, negro, branco, judeu... Somos uma só alma! Vocês conseguem me entender? Se sim, gritem 'fuck yeah'", protestou. Em seguida, anunciou um palavrão em português, aprendido em sua estada no Brasil: "caralho!". O público foi ao delírio.
Destaques Um dos pontos altos da noite foi a participação de Rocco, filho de 12 anos da cantora, que se juntou ao time de dançarinos e mostrou suas habilidades no breakdance durante a performance de Sagarra Jo. Madonna assistiu sorrindo, demonstrando o orgulho pelo rebento. Já no final, ao apresentar Like a Prayer, Madonna provocou algumas lágrimas. Acompanhada de um coral no palco, ela entoou seu hino abraçada a uma bandeira do Brasil. Fechou os olhos e tentou sentir a vibração dos fãs. Encerrou com um sorriso no rosto e voltou ao palco para o gran finale, com mash up de Celebration e Give It To Me. "Te amo São Paulo", se despediu a cantora. SetlistGirl Gone Wild Revolver Gang Bang Papa Don't Preach Hung Up I Don't Give A Express Yourself Give Me All Your Luvin Turn Up The Radio Open Your Heart Sagarra Jo Masterpiece Vogue Candy Shop Human Nature / Erotica I'm Addicted I'm A Sinner Like A Prayer Celebration / Give It To Me
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